Óleos Essenciais e Interações Medicamentosas
Interação medicamentosa é um evento clínico que pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-alimento ou medicamento-drogas e também pode ocorrer entre medicamento-óleo essencial.
Quando duas substâncias são administradas, concomitantemente, a uma pessoa, elas podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. Estas interações constituem causa comum de efeitos adversos.
O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco. Algumas vezes, a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento, mas há interações que podem ser benéficas e muito úteis.
Alguns óleos essenciais são contraindicados para pessoas com algumas condições especiais de saúde. Essas contra indicações são importantes de se conhecer, mas existe um tipo específico bastante importante que ainda é pouco abordado: a contraindicação de associação de alguns óleos essenciais com certos medicamentos.
Essa contraindicação existe porque alguns compostos dos óleos essenciais apresentam risco ao fazer interação medicamentosa com certas medicações, podendo potencializar a ação do remédio ou inibir o seu efeito.
Os óleos que podemos destacar que apresentam interações mais arriscadas são:
-O Wintergreen e a bétula doce, apresentam uma substância química em grande quantidade chamada de salicilato de metila. Quando essa substância entra em contato com o organismo, depois que ela é metabolizada, pode ser convertida e transformada em ácido acetil salicílico que é o princípio ativo da aspirina e do AS. Então se uma pessoa faz uso de anticoagulante, talvez o óleo essencial de bétula e wintergreen não sejam adequados para essa pessoa fazer o uso, porque eles podem trazer esse mesmo efeito da aspirina em relação a “afinar o sangue”.
A Camomila Alemã, também chamada de camomila azul, apresenta risco de interação medicamentosa com remédios antidepressivos e alguns ansiolíticos de diferentes classes. Esse risco existe seja por uso tópico, seja por uso inalatório.
A Canela, o cravo, erva doce e gengibre também interagem com anticoagulantes. Além disso interagem com antidiabéticos e anti-hipertensivos.
O Alecrim, eucalipto e hortelã pimenta interagem com nicotina, medicamentos anti-hipertensivos, anticonvulsivantes, antidepressivos e outros que atuam no sistema nervoso central.
Por fim, existem outros componentes presentes em diferentes óleos essenciais que já foram demonstrados em pesquisas como possíveis interações com medicamentos comuns. Entretanto, fazendo um uso seguro dos óleos essenciais, por via olfativa e por via tópica, com dosagens recomendadas de forma adequada, é possível usufruir do benefício dos óleos essenciais com total segurança.
No mais, sempre procure ajuda de um aromaterapeuta para orientá-lo no uso correto dos óleos essenciais.